Indices de Citação - Parte 1

Foi após a II Guerra Mundial que os Índices de Citação surgiram nas áreas cientificas e tecnológicas devido a dois fatores fundamentais: O primeiro devido a grande explosão informacional, onde houve um aumento significativo na produção cientifica da época. Foi nesse período que surgiram os primeiros estudos sobre a o crescimento e o progresso nos avanços científicos. O segundo fator deu-se devido a escassez de profissionais na área de Biblioteconomia capazes de indexar todo material publicado, o que prejudicava e atrasava o acesso a essas informações. Um outro fator que também poderia ter estimulado indiretamente o surgimento dos índices de citação foi o grau de obsolescência atingido pelos termos de indexação utilizados na época, que devido ao rápido avanço cientifico e tecnológico, não conseguiram acompanhar tais mudanças.

Em 1953, Eugene Garfield, que até então trabalhava no Welch Medical Library Indexing Project, recebeu uma sugestão do vice-presidente do Tribunal Superior Americano, William C. Adair, de criar um índice de citação para a área médica que fosse capaz de superar as dificuldades semânticas que os sistemas de indexação da época sofriam, agilizando assim o processo de recuperação da informação. Pensando mais a frente, Garfield criou, em 1961 o Science Citation Index, O maior exemplo de índice de citação da atualidade.

CONTINUA...

Terminologia: Co-ocorrência e co-citação...

Propondo uma maior contextualização do que pretendo falar, devo explicar melhor o que são mapas MDS (Mapas Multidimensionais) e os fundamentos da co-ocorrência/co-citação... começo a falar nisso e já acabo tendo que discutir o que são clusterings, Browsing e mais um monte de conceitos... Acho que os professores que estavam na minha qualificação estão mais do que certos, minha cabeça borbulha idéia de mais e muito rápido.

Nesse tópico vou falar de CO-OCORRÊNCIA e CO-CITAÇÃO, vamos ver onde isso vai parar...

Já podemos ir falando logo de cara que a temática "co-ocorrência" e "co-citação" é um material bibliografico um tanto escasso em lingua portuguesa; achei em um trabalho apresentado num congresso (depois coloco a refêrencia nos comentários) que tem um apontamento da Vânia Guedes que cita um tal de Marshakova: “A co-citação mede o grau de ligação de dois ou mais artigos, pelo número de documentos onde esses artigos são citados, simultaneamente” (MARSHAKOVA apud Vânia L.S. Guedes, 1981). Ou seja, a co-citação é a mensuração da quantidade de vezes que determinados trabalhos se encontram na mesma refêrencia bibliografica de um artigo/livro/relatório ou o que o valha. Por exemplo: se eu cito o autor x, y e z no meu trabalho e o João cita na pesquisa dele o x e o z, enquanto que a maria só cita o y dentre outros, que nem eu e nem o João citamos, podemos inferir que o x e o z tem um maior vinculo entre eles do que com o y, pois aparecem mais vezes juntos.

A partir do exemplo da co-citação, que não passa de um recorte da co-ocorrência, é fácil entender toda essa trama. A co-ocorrência é semelhante a de citações, porém, ela é mais abrangente buscando descobrir o quão próximo é um determinado elemento do outro, e não só citações. Por exemplo, a co-ocorrência de palavras-chave ou até a co-ocorrência de autores no mesmo artigo, descobrindo assim o vinculo de parcerias entre eles, dentre outras mil combinações. Então é isso, quantas vezes elementos co-ocorrem em um mesmo lugar. É simples.

E para que tudo isso? Para que medir o vínculo de elementos entre si? Dei algumas pistas aí em cima. Explico isso com a historia dos Indices de Citação do ISI no próximo tópico... Muchas Gracias!

Começando o Charada Multidimensional

Blog criado para eu poder escrever coisas sobre minha pesquisa.

Sou Graduando (último ano) de Biblioteconomia e trabalho com Ciência da Informação, Tenologias Informacionais, representação da informação, e análise e visualização da ciência com enfoque em seus aspéctos tecnológicos. pretendo com o Blog tentar escrever mais sobre conceitos que utilizo em minha pesquisa, por ser altamente específica e ainda pouco analisada no Brasil.

Espero que quem ler fique menos confuso sobre o que tenho tentado explicar.

Abraços